Estudos
A Doutrina do Espirito Santo |
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É essencial que os crentes reconheçam a importância do Espírito Santo no plano divino da redenção. Sem a presença do Espírito Santo neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30). Sem o Espírito Santo, não teríamos a Bíblia (2Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.26, 1Co 2.10) e nenhum poder para proclamar o evangelho (1.8). Sem o Espírito Santo, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo. Este estudo examina alguns dos ensinamentos básicos a respeito do Espírito Santo.
A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO.
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO.
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A Necessidade de Avivamento Espiritual
Texto Bíblico: Hc 3.2
Tema: A Necessidade de Avivamento Espiritual
Introdução
A partir do dia de Pentecostes onde ocorreu a descida do Espírito Santo (At 2), com o passar dos anos a igreja começou a perder a chama do Espírito por valorizar muito o conhecimento humano e desprezar a revelação divina. Porém, Deus sempre conta com seus servos que se dispõem a serem usados por Ele (Is 6.8), e mesmo diante da apostasia da igreja romana, Ele levantou quem zelasse pela Palavra, como João Huss, Martinho Lutero, e outros, que marcaram a história da Igreja por primarem pela Palavra.
Além destes reformistas que Deus usou para trazer de volta a vida à Igreja, outros homens foram usados ao decorrer da história como poderosos instrumentos do Espírito Santo, como Charles Finney, D. L. Moody, Jhon Wesley, Carlos Wesley, Daniel Berg e Gunnar Vingren, que foram verdadeiros portadores do poder do Espíritos em suas cidades, nações e até mesmo aos confins da Terra. Homens diferentes, com nomes e épocas diferentes, mas que tinham algo muito comum em suas vidas: o amor pela Palavra, vida de oração, peixão pelas almas e poder do Espírito Santo. Estes servos de Deus foram fontes usadas por Deus para jorrarem avivamentos por muitas nações e em diferentes épocas, não só por que visavam o avivamento, mas porque viviam uma vida pautada na Palavra e no poder do Espírito, resultando onde quer que chegassem um autentico avivamento.
I – Mas o que é um avivamento?
1- Tornar mais vivo é o sentido real da palavra. No sentido espiritual revela a necessidade do crente sair de qualquer estado de frieza ou morte espiritual e se tornar ativo, vivo, participante, fervoroso, etc.
2- Palavras que traduzem um autentico avivamento
a) Renovação – renovar é dar nova vida; trazer de volta ao novo.
b) Reciclagem – aprimorar o rendimento; atualizar.
c) Revisão – quem tem carro sabe o que isso significa: trocar peças, trocar o velho pelo novo.
3- Avivamento não é:
a) Só barulho;
b) Só recebimento de bênçãos;
c) Só agrumeramentos de membros e pecadores aos cultos, bem como trabalhos entre quatro paredes.
II – Quando a igreja, ou o crente individualmente, precisa de avivamento espiritual?
1- Quando não se tem desejo de buscar a Deus – oração;
2- Quando o primeiro amor se acaba;
3- Quando o comodismo espiritual impera;
4- Quando se perde o amor pela Palavra;
5- Quando o amor pelos perdidos.
No início da caminhada cristã a chama do primeiro amor leva o crente a manter uma vida avivada, empenhada na obra do Senhor. Porém, com o passar do tempo, se o crente não cultivar esta chama, ele acaba perdendo o prazer em servir ao Senhor, sendo levado ao comodismo espiritual, à perca total da comunhão com Deus. Nos meios dos anos surgem as lutas, os problemas, as dificuldades da caminha cristã, e se o crente não cultivar a chama do primeiro amor, ele cairá de uma vida avivada a uma vida de frieza espiritual. Esta é a razão pela qual o profeta Habacuque ora: “... aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos”, e não no inicio.
III – Como é gerado um avivamento espiritual?
1- Hc 3.2a esclarece o ponto de partida para que um avivamento seja gerado: ouvir a Palavra de Deus. Ne 8 também fala de um avivamento gerado sobre o povo de Israel ao ouvir a Palavra. É preciso reconhecer que se precisa do avivamento. Enquanto ficamos encantados com a nossa vã maneira de viver, o avivamento não acontecerá. Muito crente tem confundido determinados movimentos com avivamento espiritual, e isto é uma barreira ao autêntico avivamento. Enquanto não ouvirmos a Palavra, não conseguiremos entender que a igreja (ou eu) precisa de um genuíno avivamento.
2- Na prática da oração e súplica, na humilhação e arrependimento perante o Senhor, buscando até que se receba (Jl 2.12-17).
3- No envolvimento com a causa do Mestre, pregando o Evangelho a toda criatura ( Mc 16.15). Temos o desejo de ver os milagres acontecerem em nosso meio, e às vezes até priorizamos isso, porém Mc 16.20 nos mostra que pregarmos o Evangelho é o segredo para que o Senhor confirme com os sinais que seguem à pregação do Evangelho.
IV – Resultados de um avivamento
1- Salvação de almas
Não existe um autentico avivamento sem salvação de almas. At 2 relata a descida do Espírito Santo com um grande barulho que atraiu pessoas de muitas línguas, que através da pregação da Palavra, foram levadas à salvação, resultando em quase três mil conversos. O autentico derramar do Espírito trás salvação aos perdidos.
2- Transformação das circunstâncias
Ez 37 é uma visão profética da situação espiritual de Israel: um vale de ossos sequíssimos, totalmente sem vida. Ouviu-se um ruído, e pela Palavra de Deus se levantou um grande exército de viventes. Veja bem: o barulho sem resultados não é avivamento. O avivamento transforma circunstancias, levando a igreja fria a se tornar fervorosa, levando o crente caído a se levantar, levando os crentes a amarem os perdidos e anunciarem o Evangelho a estes. Leva-nos a priorizarmos o Reino de Deus e investirmos nEle sem medidas.
Essa transformação, por sua vez, não só altera a vida da igreja, mas também a das pessoas e comunidade onde a igreja está situada. Em épocas de grandes avivamentos bares, prostíbulos e casas noturnas eram fechadas devido ao fato de ali chegar a mensagem do Evangelho salvando os pecadores.
3- Arrependimento de estado
Uma igreja que não é fervorosa precisa se arrepender (Ap 2.4,5). Igualmente, uma igreja que não ganha almas, não ora, não ama a Palavra, não serve a Deus com alegria, também precisa de arrependimento.
2 Cr 7.14 é um versículo chave que expressa a forma de arrependimento para aqueles que cometem pecado ou falha para com o Senhor. Arrependimento é a atitude de reconhecer uma falta, abandoná-la e seguir em outra direção.
4- Prática do amor cristão
O cristão não é conhecido por muito glorificar a Deus, pela falar em línguas espirituais, ou por ser usado na diversidade de dons, mas sim pelo amor cristão. O amor é a marca do cristão. Sua prática para com os irmãos, para com os pecadores, e até mesmo para com os inimigos do Evangelho, é a forma de demonstrarmos que Cristo está em nós (Jo 13.35). Afinal, Deus é amor e importa que quem se achega a Ele também ame (1 Jo 4.1-12).
O amor de Deus é sacrifical por ter entregue Seu próprio Filho em sacrifício por amor ao mundo. O avivamento espiritual resulta na prática semelhante de tão grande amor demonstrado e ensinado por Deus na convivência com as pessoas, bem como no desempenhar do serviço cristão. O amor, por sua vez, gera na vida do crente a paz, o perdão, a união e a disposição em servir.
Conclusão
A Igreja Primitiva é um real exemplo de igreja avivada: oravam incessantemente, evangelizavam, discipulavam, amavam a Palavra e até pagavam com suas próprias vidas para verem o crescimento do Reino de Deus, além de exercerem na íntegra o amor cristão. Que possamos fazer dos exemplos dos grandes homens de que marcaram gerações no poder do Espírito, não somente histórias de enriquecimento intelectual, mas sim, uma motivação para sermos homens e mulheres de Deus avivados para marcarmos no poder do Espírito a atual geração.
“Aviva, ó Senhor, a minha vida”.
“Usa-me Senhor para gerar um autentico avivamento espiritual em minha igreja, em minha comunidade, em minha cidade e onde quer que o Senhor me enviar”.